Como estimular o desenvolvimento infantil em casa? Veja dicas
Quando o assunto é desenvolvimento infantil, sempre ouvimos que é preciso estimular em casa. Mas você sabe como fazer isso?
Em geral, onde há afeto, interação e espaço para brincar, já há estímulo. É isso que a criança precisa para atiçar sua curiosidade, vontade de explorar e se desenvolver.
Mas também é possível direcionar alguns esforços para atividades que sabidamente ajudam nesse processo. Nos casos em que o bebê nasceu prematuro, apresenta atrasos no desenvolvimento psicomotor ou sofre de alguma doença crônica, a estimulação precoce é ainda mais bem-vinda.
Assim, é possível verificar avanços nas habilidades motoras, cognitivas e sociais.
Vamos saber mais? 💛
O que significa estimular a criança?
Estímulo é toda atividade voltada para o desenvolvimento das crianças. Na prática, ela funciona por meio de brincadeiras e dinâmicas com o intuito de desenvolver habilidades motoras, mentais e emocionais. Apesar de existirem profissionais especializados nisso, os estímulos fundamentais podem ser realizados pela família da criança.
6 tipos de estímulo ao desenvolvimento infantil
O desenvolvimento infantil acontece de forma integrada, mas, para fins de direcionamento e melhor compreensão do processo, é possível dividir em categorias. Confira os seis tipos principais, que são também usados na estimulação precoce clínica, e que podem ser adaptadas para a rotina familiar:
1. Estimulação auditiva
Para estimular a audição, é interessante trabalhar com a repetição de sons – aqui vale imitar os sons dos animais e apostar em livrinhos e brinquedos com texturas que façam barulhos (como plástico, papel, tecido). Além disso, claro, vale brincar com instrumentos musicais, ouvir músicas e cantar com as crianças.
2. Estimulação visual
O que tem ao seu redor? Estimule a criança a observar onde está, quais objetos estão no ambiente, quais pessoas estão junto. Vale perguntar formas, cores, tamanhos a partir da visão.
Dicas práticas: apresentar brinquedos grandes, que necessitem de uma maior percepção do campo visual; usar objetos coloridos e de alto contraste (sempre evitando a luz direta de eletrônicos nos olhos) e explorar texturas.
3. Estimulação da função motora
Aqui entra a experiência tátil: a ideia é incentivar o autoestímulo através de movimentos diversos que favoreçam o tônus e a força muscular; dessa forma, a criança passa a adquirir maior consciência do próprio corpo.
Durante a troca de roupa ou no banho, estimule a criança a alongar as pernas e esticar os braços. Circuitos em casa, passar por cima e por baixo de objetos, tudo isso ajuda a desenvolver habilidades motoras.
Quando ainda bebê, vale colocar na posição de bruços com uma almofadinha na altura do peito, para trabalhar a extensão cervical.
4. Estimulação da função manual
Estimule o contato da criança com texturas diferentes, como grãos e materiais como madeira; afaste objetos da criança para que ela alcance sozinha; apresente consistências novas (argila, gelatina e sagu) e ofereça novos objetos todo dia para que ela crie repertório através do contato manual.
Lembre-se de repetir os exercícios com frequência e conte sempre com a ajuda de um profissional da saúde/terapeuta ocupacional para indicar as atividades mais adequadas ao seu filho.
5. Estimulação das habilidades cognitivas e sociais
- Até os 18 meses: estimular a criança a cuidar de algum boneco para entender as necessidades básicas (comer, tomar banho, dormir), motivar a resolução de problemas, como pedir para que ela alcance um brinquedo espalhado entre outros objetos.
- Entre 1 e 3 anos: pedir para a criança se vestir, explorar ambientes em contato com a natureza, apresentar brinquedos de encaixar, mostrar as expressões faciais de cada emoção em frente ao espelho, deixar a criança abrir e fechar gavetas.
- Depois dos 3 anos: incentivar o uso das palavras mágicas ("por favor", "obrigado", "com licença"), brincar de jogo da memória, perguntar os nomes de animais, peças de roupa ou objetos. Brincar de quebra-cabeça, pintura e artesanato. Contar histórias que mostrem a importância do diálogo.
6. Estimulação da linguagem
Comece explorando sons e sílabas gesticulando as falas. A partir dos 18 meses, a criança começa a combinar duas ou mais palavras, como “mamãe, quero!”, tentando reproduzir as palavras que aprendeu observando você.
Por isso, a contação de histórias é tão importante! Ao crescer ouvindo, a criança vai se familiarizando com as palavras e seus sons e assim a interação com as historinhas tende a aparecer naturalmente.
As dicas não substituem uma avaliação profissional. Não deixe de consultar o pediatra ou nutricionista de seu filho para obter orientações individualizadas.
Quer aprender atividades que você pode colocar em prática em casa? Veja as sugestões no portal Baby and Me: Estimulação precoce em casa!