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Fome emocional: será que seu filho tem?

Elaine de Pádua EP
Foto de pratos decorados com comidas de forma a fome emocional

Já ouviu falar em fome emocional? É quando enxergamos a comida como um escape para lidar com situações e emoções negativas.

A fome emocional pode aparecer em crianças e em adultos que são mais vulneráveis às emoções.

O que acontece é que, geralmente, há uma dificuldade em processar e lidar com o que estamos sentindo no momento. Isso nos leva a descontar os sentimentos em alguma atividade, buscando uma espécie de prazer ou refúgio instantâneo.

Como saber se meu filho tem fome emocional?

Perceba se o apetite do seu filho muda quando ele está ansioso, tenso ou muito feliz. Isso vale tanto para as refeições quanto para os lanches ou docinhos.

Essa fome pode ser uma compensação de sentimentos negativos. Por isso, a tendência é que o apetite oscile de acordo com a situação emocional (seja ela qual for).

Um estudo da The American Journal of Clinical Nutrition mostrou que esse fenômeno é mais comum em famílias que costumam apresentar a comida como uma recompensa.

Muitas vezes, podemos tentar suprir carências do dia a dia com alimentos. Falta de atenção e afeto, por exemplo, podem levar as crianças a comerem mesmo sem fome, tornando o ato de comer compulsivo em vez de espontâneo.

No final, o clichê de “todo excesso esconde uma falta” se encaixa em muitas situações, e a fome emocional é uma delas.

Trouxemos alguns pontos práticos para ficar de olho: 

  • Período de tempo: enquanto a fome fisiológica aparece gradualmente, a fome emocional surge de repente e, muitas vezes, de forma compulsiva.
  • Alimentos que a criança busca: geralmente, a fome emocional está relacionada a um alimento específico.
  • Intensidade: na maioria das vezes, a criança sente que precisa satisfazer a fome naquele exato momento, criando um senso de urgência.
  • Distrações: a fome emocional pode ser esquecida após alguma distração, diferentemente da fome fisiológica, que desaparece apenas quando saciada com a alimentação.
  • Sentimento de culpa: a fome emocional pode causar frustrações, uma vez que pretende mascarar questões subjetivas, diferentemente da fome física, que visa a saciedade.
  • Vergonha: por constrangimento,  a fome emocional pode ocorrer em segredo. É comum que as crianças comam escondido, com vergonha de comer em público quando estão com fome emocional.
  • Velocidade: as crianças com fome emocional podem comer mais rápido, deixando de mastigar adequadamente os alimentos.
  • Falta de organização nos horários das refeições: essa fome pode surgir em variados momentos do dia, sem horários definidos e sem a organização padrão de café da manhã, almoço, lanche, jantar e ceia.
  • Saciedade: é comum que as crianças com fome emocional não se sintam saciadas após fazerem uma refeição. 

Como lidar com a fome emocional do meu filho?

É importante tentar identificar a causa da fome emocional, por meio de uma conversa, para entender o que o leva comer de forma compulsiva. “Filho(a), o que você sente quando fica com fome desse jeito? Geralmente você está feliz ou triste? Depois de comer, você sente o quê?”.

Nessa conversa, você pode explicar que existe uma diferença entre desejo e necessidade. Enquanto a necessidade é algo fisiológico, que nosso corpo pede, para se alimentar e se manter vivo, um desejo é apenas algo momentâneo (mas que não acontece o tempo todo).
 
Busque também evitar apresentar os alimentos como moeda de troca: “se você fizer a lição de casa, vai poder comer seu chocolate”, pois isso pode levar a criança a relacionar comida a recompensa, como “estou feliz, preciso comer” ou “vamos comemorar comprando muitos doces!” e por aí vai.

Dicas alimentares na prática!      

Lembre-se que as crianças precisam comer a cada duas ou três horas. Além disso, é importante evitar dietas restritivas, já que elas também podem levar ao desejo compulsivo.

Ao longo do dia, busque oferecer alimentos que sejam fonte de: 

  • Triptofano (precursor da serotonina, neurotransmissor que dá sensação de bem-estar);
  • Magnésio e carboidratos complexos – como leguminosas (feijão, grão-de-bico, lentilha etc.);
  • Cereais integrais (arroz, macarrão, aveia e outros cereais matinais sem adição de açúcar) e leite e derivados.

Proponha a prática de atividades físicas regulares e monitore as horas de sono. Assim como nós, as crianças precisam dormir bem! De oito a dez horas por noite pelo menos.

Falei mais sobre comidas e emoções aqui: quer conferir? Alterações no apetite podem ser sinais de ansiedade ou depressão infantil. Leia mais sobre o assunto aqui. Você não precisa lidar com isso só 💛
 

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