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Ninhos do Brasil + Carochinha Editora: Ninhos do Brasil se uniu à Carochinha Editora, selecionando histórias que auxiliam nas questões enfrentadas em diferentes fases. Confira!

Terror noturno infantil: como posso ajudar meu filho?

Ninhos do Brasil NB
Terror noturno infantil: já ouviu falar nesse termo? Sabe qual é a diferença dele para o pesadelo? Aqui te explicamos tudinho.

Presenciar um episódio de terror noturno infantil pode ser assustador, sabemos! 

Gritos desesperadores, suador, choros e até corridas pela casa! A vontade é acordar a criança e perguntar o que está acontecendo. Mas, calma! Quando a gente entende a situação, fica um pouco mais fácil lidar com o momento. Vamos nessa?

O que é terror noturno?

O terror noturno é considerado uma parassonia, ou seja, um distúrbio do sono! Assim como sonambulismo, apneia obstrutiva do sono e a própria insônia. A boa notícia é que a maioria dos distúrbios têm tratamento! 

Apesar de também acontecer com adultos, esse é mais comum entre as crianças.

Os episódios de terror noturno infantil podem envolver gritos, choros, corridas pela casa, sudorese e coração acelerado. E, logo após, a criança tende a voltar imediatamente a dormir. 

Tudo isso, geralmente, dura de segundos a alguns minutos. E o mais comum é a criança nem lembrar de nada no dia seguinte. 

Aliás, é por isso que não é indicado acordar a criança durante um episódio de terror noturno. Como está agindo inconscientemente, ela pode não reconhecer os pais, se assustar ainda mais e prolongar a duração do episódio.

Qual é a diferença entre pesadelo e terror noturno?

A principal diferença entre pesadelo e terror noturno é que o pesadelo é apenas um sonho desagradável! Daqueles que, quando lembramos ao acordar, agradecemos ao universo por ter sido apenas um sonho ruim (ufa!). 

Já o terror noturno é uma parassonia, ou seja, um distúrbio que requer tratamento por atrapalhar de alguma forma a vida da pessoa que apresenta essa condição.

Atenção: quando os pesadelos se tornam frequentes a ponto de interferir na qualidade de vida da pessoa, ele pode também ser considerado um distúrbio do sono.

Outra diferença entre terror noturno e pesadelo é a fase do sono em que acontece.

O terror do sono é um distúrbio que acontece na fase 1 do sono, NREM (Non-Rapid Eye Movement – movimento não rápido dos olhos), logo no início da transição entre a fase desperta e o sono – assim como o sonambulismo

Por isso, pessoas que apresentam esses distúrbios despertam parcialmente, mas não se lembram de nada!

Com o pesadelo, é diferente. É bem raro termos um sonho perturbador e acordarmos durante a noite sem entendermos que estamos acordados, não é? Isso tem motivo: o pesadelo acontece na fase 4 - REM (Rapid Eye Movement – movimento rápido dos olhos).

Quais são as causas do terror noturno?

Infelizmente, as causas são meras especulações! Os cientistas ainda não descobriram o motivo exato pelo qual esse distúrbio acontece. 

Uma das hipóteses traçadas para explicar a maior ocorrência em crianças é que o sistema nervoso central delas ainda não amadureceu 100%. Ou seja: é como se o cérebro dos pequenos ainda não conseguisse realizar da forma correta a transição entre o estado acordado para o sono. Por isso, a criança fica nesse limbo entre o dormir e o despertar!

Contudo, foi observado que os episódios mais recorrentes do terror noturno ocorrem com crianças ansiosas, com algum quadro de depressão ou que passaram por uma situação de muito estresse.

Fora isso, há alguns fatores que podem estar relacionados ao distúrbio do sono em crianças, como:

  • Cansaço
  • Dormir pouco
  • Situações de extremo estresse
  • Histórico familiar com distúrbios do sono
  • Dormir em lugares novos
  • Luzes ou barulhos que atrapalham o sono 
  • Outros distúrbios do sono que a criança já tenha
  • Medicamentos (pode ser um efeito colateral)
  • Traumas na cabeça
  • Em alguns casos, febre 

Quais são os sintomas do terror noturno infantil?

Normalmente, as crianças podem apresentar agitação, olhos arregalados, confusão e comportamento assustado, gritos, choros, sudorese, coração acelerado, respiração rápida e, em alguns casos, podem fazer xixi na cama. 

Às vezes, pode acontecer de a criança querer correr durante o episódio. É importante que, se você estiver por perto, fique de olho para não deixar a criança cair. 

O que fazer quando meu filho estiver em um episódio de terror noturno?

Agora que você já entendeu o que está acontecendo, vamos às dicas de como ajudar seu filho (a):

  • Busque não acordar a criança durante um episódio, para evitar que ela acorde desorientada, confusa e até assustada. Tente manter a calma até que acabe (sabemos que é difícil, mas, em termos de segurança, pode ser a melhor saída).
  • Só interfira se perceber que a criança pode cair ou se machucar.
  • No momento, o melhor a fazer é esperar a situação passar. Depois que o terror noturno terminar, você pode levar a criança para o banheiro ou beber água, mas não precisa tocar no assunto sobre o episódio, pois ela não se lembrará.

Como prevenir o terror noturno infantil?

Apesar de a causa do distúrbio ainda não ter sido comprovada, há algumas formas de tentar prevenir os episódios de terror noturno, como: 

  • Tranquilizar e conversar com a criança após situações de muito estresse, já que o fator pode desencadear um episódio.
  • Criar uma rotina de sono e estabelecer horários para dormir e acordar.
  • Perceber se a criança dorme pelo tempo que precisa e evitar que a criança durma muito cansada.

Tem tratamento ou cura para o terror noturno?

Geralmente, o terror noturno tende a desaparecer sozinho ao decorrer do desenvolvimento da criança. Em alguns casos, os médicos recomendam o uso de remédios se a criança apresentar violência durante o episódio, por exemplo.

Por isso, entender qual é o diagnóstico certo com um pediatra é muito importante para receber uma avaliação individual. 

Terror noturno e autismo: quais são as particularidades?

Há uma estimativa de que 40% a 80% das crianças com TEA (transtorno do espectro do autismo) apresentam dificuldades para dormir. 

As causas não são comprovadas, mas existem algumas teorias:

  • Sinais sociais: a criança com autismo pode ter dificuldades para interpretar ou até mesmo aceitar que é hora de dormir.

Isso ocasiona problemas no momento do sono – enquanto que, para outras crianças, entender que já escureceu já é o suficiente para conseguirem dormir.

  • Hormônio melatonina: responsável por atuar no estágio 1 do sono NREM. A questão é que esse hormônio é produzido por um aminoácido chamado triptofano e algumas crianças com autismo têm níveis alterados dessa produção no organismo. 

Isso dificulta a transição do “pegar no sono” e favorece o surgimento do terror noturno (que acontece exatamente durante esse estágio). 

  • Sensibilidade a estímulos externos: algumas crianças podem ter mais facilidade para acordar durante a noite, pela sensibilidade que as impede de cair em um sono profundo no estágio REM.
  • Ansiedade: é muito comum que as crianças com autismo apresentem transtorno de ansiedade, o que pode favorecer também alguns distúrbios do sono.

A gente sabe que não é fácil ver nossos pequenos passando por uma situação assim, mas você não precisa passar por isso só.

A ajuda profissional é sempre bem-vinda e você também pode contar com nossa rede de carinho sempre que precisar.
 
E já que o assunto é hora de dormir: o que sua criança costuma comer antes de deitar? Trouxemos algumas dicas de alimentação para um sono tranquilo nesta matéria 😉

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