Parquinho infantil: o que considerar na hora de montar um
Parquinho infantil é tudo de bom! A criança gasta energia, desenvolve a motricidade e ainda socializa com crianças de diferentes idades e círculos sociais.
E não pense que os benefícios são apenas para as crianças. O parquinho é também um espaço para mães, pais e cuidadores socializarem entre si. Dá para trocar experiências e, de quebra, alternar quem vai ser o adulto que vai mediar uma brincadeira mais complexa no escorregador mais alto.
Aliando todos esses benefícios ao espaço aberto e natural, como é o caso dos parquinhos ao ar livre, tudo se multiplica! O contato com o verde e com a luz do sol, por exemplo, diminui o estresse e aumenta os níveis de vitamina D no corpo. Ou seja, faz tão bem, que mexe até com nossa produção de hormônios e absorção de nutrientes. ☀️
Com a pandemia, entre os anos 2020 e 2021, e a menor frequência em espaços públicos, aumentaram muito as buscas sobre como fazer um parquinho infantil ou playground em casa.
Moradores de condomínios que antes não tinham espaços para crianças também passaram a buscar por esse recurso. Então, como fazer um parquinho infantil? Quais são os melhores brinquedos e materiais para o playground? Quais cuidados ter?
Miniparquinho infantil: vale a pena ter em casa?
Claro! Se sobrar um espacinho, você pode montar um parquinho no quintal improvisado: as crianças vão a-m-a-r chamar os amigos para brincar.
Alguns modelos de plástico podem ser comprados prontos. Os de madeira podem ser feitos por um marceneiro. Mas você também pode usar a criatividade para criar os próprios brinquedos!
3 ideias para montar um parquinho infantil com material reciclado
- Usar e estilizar pneus para transformar em balanços, gangorras ou caixas de areia.
- Aproveitar os canos de PVC para criar minicampos de futebol com areia, piscina de bolinhas, cesta de basquete etc.
- Usar latas e garrafas pet para improvisar um boliche!
Parquinho infantil: qual é o brinquedo recomendado para cada faixa etária?
O parquinho infantil é um lugar onde a criança pode soltar a imaginação e criar diferentes tipos de brincadeiras. É um momento para exercitar a criatividade, a sociabilidade e a negociação com as outras crianças quanto às regras e possibilidades de uso do espaço.
Não existe apenas um jeito de brincar – e é natural que cada faixa etária explore diferentes potencialidades de cada brinquedo.
A mesma gangorra que faz a alegria das crianças de 4 anos pode se transformar em uma “prancha de equilíbrio” para a criança de 8. Subir pela rampa de descida do escorregador, usar o balanço em pé ou de barriga pra baixo são só algumas das “subversões” que as crianças amam fazer no parquinho.
Tudo isso faz parte do desenvolvimento infantil: são momentos em que as crianças exploram os limites do seu próprio corpo e aprimoram suas habilidades. Mas é claro que, para isso acontecer com segurança, é importante que adultos responsáveis fiquem de olho nos limites de peso que os brinquedos suportam, bem como na mediação entre as crianças, para evitar que se coloquem em risco.
Feita essa ressalva, é possível listar alguns tipos de brinquedos que fazem sucesso entre cada faixa etária. Confira abaixo:
Brinquedos de parquinho infantil por faixa etária
- Para crianças menores, de até 2 anos de idade, são recomendados os brinquedos sem objetos no caminho, com mais espaço para que possam andar, sentar – e cair. As quadras e caixas de areia são ótimas opções e ainda estimulam a socialização com outras crianças e o respeito ao espaço do outro.
- A piscina de bolinhas e a casinha também são boas opções tanto para esse grupo quanto para o das crianças um pouco maiores, de 3 a 4 anos. A diversão é garantida e eles podem explorar os brinquedos de várias formas: crianças maiores vão brincar na piscina de bolinhas de um jeito diferente das menores!
- Entre 5 e 6 anos, eles preferem uma diversão um pouco mais radical: escorregador, gangorra, balanço e gira-gira são interessantes. E a imaginação também aumenta: fazem da casinha um centro de espionagem e a piscina de bolinhas um ponto de encontro dos espiões, por exemplo.
- A partir dos 7 até uns 10 anos, a aventura só aumenta. Os brinquedos focados em consciência corporal são ótimos, já que demandam grande atenção e foco das crianças. É o caso das correntes em ângulos, barras laterais, escorregadores, escaladas, slack line e arvorismos.
No fim, não tem muita regra: deixe a criança escolher, apenas ficando de olho na segurança! Se a criança for pequena, vale conferir se o chão é macio em caso de queda, se não há nada pontiagudo e se os brinquedos não são altos demais.
Uma dica legal é incentivar a autoconfiança de brincar sozinha conforme a criança cresce (sempre com um adulto supervisionando). Você pode ir estimulando essa independência aos poucos, entendendo como a criança se sente durante o momento de brincar, que tal?
O que levar em consideração na hora de comprar um parquinho infantil na internet?
É importante verificar se o produto oferecido está de acordo com as normas para playground do Inmetro e da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
Essas normas definem, por exemplo, que as partes de madeira não podem conter preservantes tóxicos, como pentaclorofenol e seus derivados. As normas também exigem que superfícies e cantos de madeira devem ter acabamento liso, livre de lascas, rebarbas ou farpas que possam causar acidentes.
Preste atenção aos limites de peso suportado pelos brinquedos e se a empresa responsável pela venda e entrega também vai realizar a montagem correta.
Qual é o melhor tipo de parquinho infantil: plástico, madeira ou ferro?
A resposta é: depende! Essa escolha deve levar em consideração o local de instalação e a idade das crianças que vão usar o playground.
Os playground de plástico são bem coloridos, fáceis de limpar e manter, e também são os mais adequados para crianças pequenas. Seguros, não usam parafusos, não enferrujam e não soltam farpas. Por outro lado, não são recomendados para locais onde bate muito sol, pois o plástico esquenta, e também não servem para crianças maiores, pois não aguentam muito peso.
Os playgrounds de madeira podem ser bastante bonitos e costumam ter um custo mais baixo. Também aguentam peso e não esquentam no sol. Por outro lado, precisam de manutenção para resistir ao sol e à chuva e, sem cuidados, podem apodrecer e quebrar ou soltar farpas. Também exige atenção com peças como pregos e parafusos.
Já os playgrounds de ferro são bastante resistentes e suportam o peso de crianças maiores. Mas também podem esquentar no sol e, sem a manutenção adequada, podem enferrujar e causar machucados e acidentes.
Entenda mais sobre as vantagens e desvantagens de cada tipo de material no próximo tópico.
Diferentes tipos de parquinho infantil
Se você está pensando em comprar ou construir um parquinho no seu condomínio ou mesmo em casa, é bom pensar nos materiais dos brinquedos.
Parquinho infantil de plástico
Esta é uma opção prática, que serve tanto para áreas fechadas quanto a céu aberto. Os módulos geralmente são fáceis de encaixar e de limpar. Além disso, são livres de farpas e costumam ser moldados para garantir ergonomia e segurança.
Parquinho infantil de madeira
A madeira é um material natural, o que de certa forma aproxima a criança da natureza.
Parquinho infantil de ferro
Os parquinhos de ferro lembram a nossa infância, não é mesmo? Mas os brinquedos de ferro exigem alguns cuidados especiais. Isso porque o metal, depois de um tempo exposto à água e ao ar, pode enferrujar e sofrer corrosão.
Cuidados necessários durante a brincadeira
Um ponto a prestar atenção é a orientação do fabricante quanto ao limite de peso que os brinquedos suportam, assim, já evitamos acidentes.
Em parquinhos de madeira, verifique se há rachaduras, farpas ou pregos soltos e certifique-se de que a estrutura esteja estável. Isso ajudará a evitar situações desagradáveis.
No caso de brinquedos de metal, como mencionado anteriormente, eles podem se deteriorar e enferrujar devido às chuvas e condições climáticas. Em contato com a pele, a ferrugem pode causar tétano, então é bom tomar cuidado. 😉
Além disso, em dias muito quentes, o material pode esquentar e queimar. Cheque a temperatura antes de liberar para a criança brincar.
Como montar um parquinho infantil no condomínio?
Você deseja criar um espaço para que as crianças do seu condomínio possam brincar, mas não sabe como fazer acontecer? Veja algumas dicas de como colocar essa boa ideia em prática:
- Antes de tudo, é preciso ver se o condomínio dispõe de um espaço de tamanho e localização adequados para que as crianças possam brincar com segurança.
- A proposta precisa ser aprovada pelos condôminos. Antes da votação na assembleia, converse com vizinhos que também têm filhos, para angariar apoio para o projeto!
- Há vários modelos e preços de playgrounds. O importante é escolher um que seja adequado às necessidades das crianças do seu condomínio.
- É importante verificar se os brinquedos escolhidos para o parquinho do seu condomínio atendem às exigências do Inmetro e da ABNT. Consulte o fabricante sobre isso.
- Nem só de brinquedos é feito um parquinho! É preciso preparar bem o espaço que receberá o playground, com um piso ou revestimento que não escorregue. Além disso, é preciso usar tintas e materiais que não sejam tóxicos e isolar a área para que as crianças brinquem com segurança. Ninguém quer que os filhos brinquem num local onde passam carros, certo?
Como montar um parquinho infantil em casa?
Quem tem espaço suficiente em casa pode montar um parquinho próprio, que inclusive pode aumentar o valor do imovel, além de garantir horas de diversão para crianças. Alguns pontos para levar em consideração:
- A área disponível é que vai definir o tamanho do parquinho. Dê preferência a áreas com sombra e proteção contra chuva e com alguma folga entre o parquinho e paredes ou muros para que as crianças possam circular.
- A idade das crianças também é importante para definir o material usado: plástico é mais seguro e requer menos manutenção, mas não aguenta tamanho e peso de crianças maiores, por exemplo.
- Não deixe de verificar se a marca e modelo dos brinquedos escolhidos estão de acordo com as regras do Inmetro e da ABNT. Essa informação precisa constar no site do fabricante.
- Considere os custos de manutenção para além da compra e instalação. Brinquedos de metal ou madeira podem requerer cuidados específicos para garantir durabilidade e segurança.
- Preste atenção à área onde o parquinho será instalado: o chão deve ter um piso ou revestimento que não escorregue e as tintas e materiais usados no ambiente devem ser atóxicos.
5 cuidados para conservar o parquinho infantil
Seja em casa, numa pracinha ou no condomínio, um parquinho precisa de manutenção. Areia, poeira e suor precisam ser eliminados de escorregadores e balanços.
Mas há outras coisas para prestar atenção:
- Brinquedos de ferro expostos a chuvas precisam de aplicação de produtos para evitar ferrugem.
- Parquinhos de madeira podem precisar de verniz ou produtos para garantir a saúde da madeira.
- Tintas utilizadas na manutenção devem ser atóxicas.
- A limpeza constante também evita que insetos, aranhas ou pequenos animais se escondam nos brinquedos.
- Brinquedos de madeira e de ferro podem ter pregos e parafusos e devem estar sempre bem instalados e protegidos para evitar acidentes.
Na dúvida, sempre consulte o fabricante dos brinquedos, que vai poder te indicar qual é a manutenção correta.
Parquinho infantil ao ar livre: contato com a natureza
Mas, mesmo com o parquinho infantil em casa, nada substitui os parquinhos de parques e praças públicas! São neles que as crianças e responsáveis socializam com grupos diferentes do de costume.
É uma forma sadia de ocupar os espaços públicos, de conviver com o diferente, de aprender, brincando, noções de cidadania e coletividade.
Além disso, brincar ao ar livre resgata nossa relação com a natureza. O contato com a grama, com as árvores, com as flores e com os animais que lá vivem é uma experiência que faz bem. Quem não gosta de correr na areia de pés descalços ou de fazer um piquenique em família à sombra de uma árvore?
Sobre isso, existe até um novo termo se popularizando: o déficit de natureza. Foi cunhado por Richard Louv para falar da vida das crianças, que é cada vez mais dentro de casa e sem explorar o verde do mundo.
Embora não seja um déficit no sentido médico do termo, representa, sim, os malefícios que traz essa vida "cimentada" e longe das folhas, da areia, da água do mar etc. Segundo ele, isso pode causar ansiedade, agressividade e alterações de humor.
Por isso, os parquinhos infantis na areia ou na grama, especialmente aqueles que ficam em parques arborizados, são uma boa pedida para deixar a criança mais tempo ao ar livre! Aliás, as próprias árvores servem como brinquedos!
Quais são os parquinhos em praças e espaços públicos mais legais da sua cidade? Que tipo de brincadeira as crianças podem fazer lá? Vamos trocar dicas com outras famílias, para que todos possam curtir a experiência?
Deixe seu relato em nossa Rede de Carinho!
Brincadeira de criança já é bom – mas brincadeira de criança ao ar livre é melhor ainda! Dá até vontade de brincar junto!
Até o humor muda na presença de cenários naturais (e esse efeito é comprovado!). Incentivar que as crianças brinquem ao ar livre é sinônimo de bem-estar físico e emocional.
Pode ser até no quintal de casa com uma pitada de criatividade: o importante é estimular esse contato desde a infância 🌿
Além de aproveitar os benefícios da natureza, é importante ensinar desde cedo como podemos e devemos preservá-la.