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O que podemos aprender com as teorias da educação?

Monique Gonçalves MG
Garoto sentado na sala de aula sorrindo e tocando a mão da professora.

Conhecer as teorias da educação é como ter um grande farol na missão de lecionar.

Eu já estou na Educação há 20 anos, focando também em atendimentos particulares no consultório como Psicopedagoga.

Formo professores, oriento famílias e posso dizer que meu caso de amor com a sala de aula é antigo, e vai muito além de questões financeiras.

Até mesmo porque todos nós sabemos o quanto infelizmente o professor é desvalorizado em sua carreira. Eu fui uma criança com muitas dificuldades de aprendizagem, mais especificamente em matemática, e tive em minha vida grandes professores.

Mas quero lembrar de uma agora: Professora Rosilaine, quem inclusive tenho muita vontade de reencontrar. Ela fez a diferença no meu caminho, me acolheu, me ensinou tantas coisas, me mostrou que estava ali. 
Aquilo foi tão importante para mim que eu decidi que faria o mesmo quando crescesse. 

Das teorias da educação para a prática educativa

Quando comecei meus estudos sobre teorias da educação, já de cara me identifiquei com alguns teóricos e pensadores da área. Quero falar hoje sobre dois que busco trazer sempre para a minha prática em sala de aula: Paulo Freire e Maria Montessori. 

Com Paulo Freire, ensinar é aprender junto

O primeiro, a quem admiro, é Paulo Freire. Ele já defendia o quanto era importante valorizarmos o aluno além dos saberes programáticos, como matemática e língua portuguesa, mas olhar para o aluno como um todo.

Ele dizia que aluno não é tábua rasa e que o professor não é detentor do conhecimento – parece óbvio, mas não é. A figura do professor era vista como a sabedoria maior e, com um tempo, pudemos perceber que não podemos descartar a história que cada aluno traz consigo em sua mochila, histórias que fazem parte de suas vivências, que fazem ele ser quem é.

Como desprezar isso? E como eu enquanto professora poderia transformar essa teoria em prática? Se eu disser que é uma tarefa fácil, estarei mentindo: são inúmeros desafios e contratempos. Mas, quando a gente começa a colher os resultados desta árdua semeadura, é tão gratificante que percebemos que tudo vale a pena.

Nós conseguimos praticar a teoria quando olhamos para o aluno, respeitando sua bagagem, quando favorecemos seu percurso de aprendizagem. Concordando com Paulo Freire, a aprendizagem não deve ser algo mecânico, sem sentido, mas deve valorizar os saberes de quem aprende, dando significado ao conhecimento. 

A pedagogia de Paulo Freire, abala as estruturas do tradicionalismo, porque nos coloca a pensar, nos empurra a uma posição reflexiva. É por isso que a teoria dele pode ser, e é, indigesta para alguns. Afinal, toda mudança gera desconforto. 

Quando eu escuto meu aluno, promovo rodas de debates, compreendo sua dinâmica de vida e me atento aos detalhes que me mostram o que há por trás do que muitas vezes chamamos de “conversa jogada fora”. Estou trazendo Paulo Freire para minha prática, e eu sou uma Professora assim.

Com Maria Montessori, aprendizado é independência 

Outra pensadora, estudiosa e educadora, que me inspira é Maria Montessori. Dela pouco aprendi na faculdade – mas o pouco que me mostraram lá me fez querer ir além. Até mesmo porque tudo o que desestrutura o tradicional que nos é apresentado de alguma forma me cativa (risos). 

Maria Montessori nos mostra o quanto é possível a autoeducação, o quanto podemos confiar na capacidade de nossas crianças. Ela me lembra da Professora Rosilaine, que acreditou na minha capacidade, quando nem eu mesma acreditava (e hoje estou aqui, fazendo parte do legado dela, plantando sementes que ela plantou em mim). 

Montessori entendia que a criança tem papel ativo na aprendizagem, que pode mostrar toda a sua criatividade e colaboração se assim permitirmos. Ela tem uma frase da qual gosto muito, que diz assim: “Nunca ajude uma criança em uma tarefa que ela sente que pode realizar sozinha”.

Em nossa cultura, é muito comum fazermos pela criança, e consequentemente determinar aquilo que julgamos que ela é ou não capaz de fazer. Na minha visão, Montessori consegue enxergar o desenvolvimento do ser humano de uma forma plena e respeitosa, “a criança aprende, se a deixarmos tentar”.

E por que então não deixar? Eu também transformo essa teoria em prática, quando mostro aos meus alunos que escola também é lugar para conversar, que eles têm total capacidade de fazer escolhas, que os erros fazem parte do processo da aprendizagem. É apaixonante ver pela perspectiva de Montessori, porque passamos a enxergar a criança por dentro.

Educar para transformar 

Eu disse para vocês que tenho um caso de amor com a educação, não disse? Acredito que podemos promover essas experiências no chão da escola e, repito: fácil não é, mas possível, sim. 

Sair da zona de conforto é desafiador, mas quando a gente percebe que, dando um passo de cada vez, não estamos mais no mesmo lugar, isso nos motiva a seguir em constante mudança. Afinal de contas, ser professor é exatamente isso: estar em metamorfose, em constante TRANSFORMAÇÃO!

Ficou interessado em como as teorias da educação auxiliam no aprendizado das crianças? Clique aqui para conhecer os 4 estágios de Piaget e entenda as fases do desenvolvimento cognitivo. 

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