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Para mães e pais 
em fase de crescimento.

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Ninhos do Brasil + Carochinha Editora: Ninhos do Brasil se uniu à Carochinha Editora, selecionando histórias que auxiliam nas questões enfrentadas em diferentes fases. Confira!

Entendendo as emoções do bebê (e como lidar com elas)

Baby and Me BM
Imagem de uma mãe sentada de frente para sua filha, as duas estão na mesma altura, se olham nos olhos e encostam o nariz uma na outra. Esse contato é uma forma de estabelecer conexão com as emoções do bebê

As emoções dos bebês e das crianças podem ser tão intensas como as dos adultos. Ou até mais. Afinal, para elas, tudo é novo. Se lidar com as emoções pode ser complexo para nós, nos primeiros anos de vida é certamente desafiador.

Vamos ajudá-las? Conversar sobre emoções é essencial para esse aprendizado e, quanto mais cedo começarmos, melhor.

Por que conversar sobre emoções nos primeiros anos de vida

Conversando sobre emoções com nossas crianças, criamos adultos autoconscientes, emocional e mentalmente saudáveis e que sabem respeitar os limites alheios – além dos próprios.

Ajudando-as a entender melhor as próprias emoções, evitamos reações violentas e estimulamos a inteligência emocional precocemente.

Conversar sobre emoções: mas quais são elas?

O primeiro passo para conversar sobre emoções é saber nomeá-las e diferenciá-las. É interessante evitar generalizações, porque, por exemplo, o que pode parecer apenas tristeza pode ser uma mistura de raiva, frustração, ciúmes e até de medo

Ajude a criança a se acalmar

Para ter uma boa conversa sobre emoções, é essencial que haja uma comunicação clara e tranquila. E, para isso, os envolvidos têm que estar calmos. Quer uma dica?

Incentive a criança a tomar um pouco de água. Apesar de parecer para nós muito usual e quase automática, essa é uma ação que exige atenção, principalmente para mãozinhas tão pequenas.

Além disso, para tomar água precisamos respirar – e não é à toa que exercícios de respiração são recomendados até para adultos.

Leia também:

Ajude a criança a identificar o que aconteceu

Agora que ela está respirando tranquilamente, é hora de ajudar a criança a entender qual foi o gatilho para o que ela está sentindo. É provável que ela não saiba explicar – ou sequer entenda com clareza – o que aconteceu para despertar esse sentimento.

Nesse ponto, é bom guiá-la, com perguntas simples.

  • Você queria muito passear, mas a chuva atrapalhou seus planos?
  • Você não gostou de ver alguém brincando com sua pelúcia preferida?
  • Combinamos de ir na casa da vovó, mas está demorando muito?
  • Aquele palhaço não parece muito amigável para você?

Ajude a criança a identificar o que ela está sentindo

Essa parte pode parecer óbvia, mas há muitos adultos que ainda não sabem diferenciar os próprios sentimentos. Crianças que crescem conversando sobre sentimentos tendem a ser mais autônomas nesse sentido.

Aqui, você pode fazer sugestões ou perguntas que já guiem sua criança para a resposta, sempre com empatia.

  • Então, acho que você ficou frustrado por não poder fazer a brincadeira que queria, né?
  • Quer dizer então que você ficou com ciúmes do seu brinquedo?
  • Parece que você está ansiosa para irmos logo. Eu também estou!
  • Tudo bem ficar com medo, sabia? Mas aqui você está protegida.

Para ler depois:

Conversar sobre emoções em momentos de crise

Infelizmente, ainda não foi publicado um manual de como conversar sobre emoções, que tenha um passo a passo exato. Assim como não há um para a parentalidade. Nesse caso, o mais importante é garantir à criança um espaço seguro e mostrar que ela pode confiar em você.

Com acolhimento, a criança entende que está segura para expor suas emoções. E, com segurança nos próprios sentimentos, ela vai ter mais facilidade para lidar com eles sozinha, quando for necessário.

Mantenha a calma

Pode ser difícil segurar a vontade de gritar junto com a criança, ou até de chorar com ela. Mas ela precisa de um porto seguro, alguém que tenha o controle da situação e que se ofereça para compartilhar esse controle com ela.

Se aproxime da criança

Situações de crise são cansativas e elas podem chegar exatamente quando estamos precisando apenas pôr os pés para cima e relaxar. Mas, nesse momento, comunicação é essencial: tentar convencer a criança a se deslocar até você vai exigir dela a tranquilidade que você está tentando passar.

Portanto, o ideal é que você faça esse movimento: vá até a criança, com calma.

 Abaixe-se à altura dela

É mais fácil nos comunicarmos com quem a gente escuta e enxerga por inteiro, não é? Se abaixando ao nível da criança, você consegue estabelecer contato visual e manter um tom de voz mais baixo e tranquilo.

Além disso, você ocupa o espaço dela, sobre o qual ela tem controle: pra ajudá-la, você entra no mundo dela. Nada mais justo.

Deixe os julgamentos pra lá

Lembre-se que nenhum sentimento é feio ou errado. Os motivos para uma crise podem ser os mais variados: desde a criança ter caído e se machucado, ou ter perdido um brinquedo querido, até você não ter deixado ela comer pasta de dente.

Uns motivos podem parecer mais válidos que outros, e alguns podem chegar a parecer irracionais – mas é importante acolher qualquer que seja a razão do choro.

Acolhimento é a palavra-chave

Basicamente, a ideia é agir como você agiria ao ver qualquer pessoa querida em uma situação difícil. Escute-a, valide seus sentimentos, mostre que você está ali: inteiramente ouvidos, disponível para ela naquele momento. Abrace-a se ela se sentir confortável.

Crianças são seres humanos, e ainda estão no começo do aprendizado da convivência em sociedade.

A premissa básica para conversar sobre emoções é o respeito, a empatia e a atenção – essenciais à comunicação não violenta. Não sabe do que se trata?

Vem conferir: Comunicação não violenta: qual a importância da sua aplicação na educação infantil?

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