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Para mães e pais 
em fase de crescimento.

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Ninhos do Brasil + Carochinha Editora: Ninhos do Brasil se uniu à Carochinha Editora, selecionando histórias que auxiliam nas questões enfrentadas em diferentes fases. Confira!

Oito hábitos que fortalecem o vínculo entre pai e filhos

Ninhos do Brasil NB
A relação de pai e filho é ilustrada por uma imagem onde a menina é abraçada pelo pai, que veste avental, enquanto eles olham para uma mesa de café da manhã com alguns alimentos.

“Pai e filho até brincam, mas a criança só quer a mãe quando chora!” Quantas vezes você ouviu essa frase ao se referirem a uma criança que não quer ir com o pai na hora do perrengue?

É verdade que as mães levam uma vantagem no início da vida da criança: ela gestou, amamentou e, na maioria das vezes, passou mais tempo junto. Mas os pais ainda têm muitas oportunidades para criar um vínculo tão forte quanto as mães. Vamos ver como?

Afinal, o que é vínculo?

Antes de tudo, vamos entender o significado de construir um vínculo com alguém. Essa palavra deriva do latim, vinculum, que significa “união com características duradouras, laços e elos de conexão”.

Sendo assim, o vínculo entre nós, seres humanos, está ligado a relações recíprocas, que se baseiam nos pilares de conhecimento, reconhecimento, ódio e amor. Esses são, basicamente, os valores que influenciam todo relacionamento interpessoal.

Com as crianças é igual! Inclusive, você sabia que por instinto de sobrevivência, as crianças tendem a criar um vínculo afetivo com seu cuidador?

Principalmente em situações de estresse e tristeza. O desenvolvimento saudável de uma criança envolve as necessidades de conforto e de segurança emocional, que precisam ser atendidas. Por isso, é importante que pai e filho sejam incentivados a construir vínculos duradouros: um pode ajudar o outro em momentos difíceis.

8 dicas para o pai se aproximar do filho

Você, pai, sente que está mais afastado do seu filho ou filha? Às vezes, porque está trabalhando demais, ou por não estar morando na mesma casa, ou por falta de prática de cuidado mesmo, isso pode acontecer.

Também pode ser mais uma das tantas culpas que alimentamos, como pais ou mães. Mas, de qualquer forma, se você está com essa preocupação, reunimos 8 dicas que vão ajudar você a se conectar (ou reconectar) com o filhote:

1. Participar dos cuidados diários

Preocupar-se com a alimentação, levar ao médico, acompanhar na ida ao dentista, comprar roupas novas ou incentivar bons hábitos de rotina não são tarefas exclusivas da mãe.

Onde existe sobrecarga de uma pessoa só, não há espaço para o equilíbrio – ou seja, o vínculo é algo a ser construído pelo pai e pela mãe. Por isso, é importante ter uma organização e distribuição do que cada um pode fazer para ajudar a criança no cotidiano.

Todo filho percebe quem se preocupa e cuida dele no dia a dia. Em outras palavras, as tarefas podem ser menos memoráveis, mas permitem à criança saber com quem ela pode contar.

2. Assistir a filmes, séries e desenhos juntos

Chegou do trabalho e está cansado ou cansada demais para brincar? Você pode ter um momento juntinho com o seu filhote sem gastar muita energia. Acredite: você dará boas risadas junto a seu filho, além de entender melhor o que ele gosta. Para a criança, aproveitar um bom entretenimento ao lado de quem ela ama é um momento para ficar na memória.

Além disso, tem o bônus de vocês terem uma história em comum para conversarem depois! Um filme entre pai e filho é sempre uma boa pedida!

3. Compartilhar o momento de leitura

O hábito da leitura é naturalmente bom para a criança e, quando você lê junto ou lê para ela, o sentimento de “sou especial para meu pai/minha mãe” só aumenta. Além disso, a literatura infantil também é uma boa oportunidade para falar sobre as emoções com as crianças.

Ser um pai que lê junto ao seu filho ou filha demonstra o cuidado e atenção aos sentimentos do filhote. Além de, é claro, instigar a sua criatividade com novas histórias!

4. Aprender algo juntos

Compartilhar atividades é sempre muito importante. Que tal um novo jogo, brincadeira ou até mesmo receita? A ideia é que tanto o pai quanto o filho estejam fazendo a atividade pela primeira vez, ressaltando o aprendizado em conjunto. Além disso, incentiva o pensamento e o trabalho em equipe!

5. Contar histórias suas

Você também já foi criança e teve a idade do seu filho. Explore suas vivências e compartilhe com ela! Não há criança que não ame ouvir uma boa história – ainda mais se vier da família. Ela vai sentir que te conhece ainda melhor.

6. Demonstrar afeto

Cada um tem sua maneira de demonstrar afeto, isso é verdade. Mas é certo que o afeto físico, como abraços, cócegas e cafunés, proporcionam um sentimento na criança de estar segura e protegida. Se seu filho gosta de abraços, não economize. 🙂

7. Dar atenção quando estiverem sozinhos

Algumas “birras” de criança acontecem justamente pela sensação de que estão sendo deixadas de lado. Às vezes, mesmo estando junto, nossa mente não está focada naquele momento.

Procure sempre doar sua total atenção quando estiverem sozinhos, mostrando ser um pai que está ouvindo seu filho e tem interesse em saber o que ele tem a dizer.

8. Participar dos aprendizados da escola

Esse é o ambiente que a criança passa a maior parte do tempo no dia a dia. É importante acompanhar cada passo que ela dá. Por isso, algumas dicas:

  • ajudar com as lições de casa;
  • perguntar sobre o que ela está aprendendo;
  • conhecer seus amigos;
  • entender o que ela pensa dos professores;
  • participar das reuniões para ficar a par das novidades.

Dessa forma, você será a primeira pessoa a saber se há algo de errado, como dificuldades de aprendizagem ou até mesmo no quesito socialização.

O vínculo é algo que construímos no dia a dia. Com esses caminhos, você pode deixá-lo cada vez mais à vontade para confiar e falar com você. Com calma e carinho, tudo é conquistado 💛

Leia também: Paternidade ativa: será que essa expressão faz sentido?

O que você faz para fortalecer o seu vínculo com os filhos?

Luis Felipe dos Santos é pai da Morgana (14) e do João Pedro (8 anos) e jornalista: “Acredito que o que mais fortalece o vínculo é participar do que eles fazem, ouvir o que eles dizem, fazer coisas com eles. Isso envolve desde inseri-los na rotina da casa até compartilhar de um joguinho, de um livro, um desenho, assistir a um programa na TV, ou simplesmente deitar no colo quando estão na cama. Quanto mais presentes estamos na vida dele, mais o vínculo se fortalece. Essa presença não precisa ser algo sufocante, tipo sempre ver o que a criança está fazendo ou não sair do quarto – às vezes, é importante também deixar com que cada um tenha o seu espaço. Mas estar presente quando é necessário é fundamental.”

Rodrigo Schier é pai da Alice, de 1 ano e gerente de projetos: “Colocar para dormir depois dela mamar, ficar com ela barriga com barriga, alimentar, ficar com ela enquanto eu trabalho... Acho que são pequenas coisinhas assim, questões que por causa da pandemia acabaram se potencializando, porque a gente não teve contato com muitas pessoas, né?’

Thainá Baltar é mãe do Apolo, de 2 anos, engenheira química e fundadora do coletivo Pais Pretos Presentes: “Creio que o primeiro de todos seja a amamentação. É o momento em que estamos conectados intimamente. Sentimos um ao outro, trocamos olhares, toques e carinhos. Depois as brincadeiras, a hora da alimentação e os passeios que fazemos juntos.”

Humberto Baltar é pai do Apolo, de 2 anos, educador, consultor e palestrante, fundador do coletivo Pais Pretos Presentes: “Eu aprendi muito lendo sobre a minha ancestralidade africana a não setorizar. Se eu tô dando comida, se eu tô dando banho, se eu tô dando o lanche do Apolo, se eu tô levando ele pra tomar banho de sol, ou se a gente tá lendo uma historinha se eu tô cantando uma música pra ele, tudo isso é momento de relacionamento... Eu podia dar mamadeira pra ele e ficar olhando o celular, por exemplo, vendo Facebook e tudo, mas eu não faço isso porque eu entendi que ele percebe esse momento como um momento de relação, de relacionamento. Ressignificar as atividades foi algo que deu uma outra dimensão à minha vida e vem dando. Tudo tem sido maior e mais importante do que aparentemente é, né? A gente cresce junto”.

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