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Do açúcar aos pães: os carboidratos na alimentação infantil

Elaine de Pádua EP
A parte da boca e do nariz do rosto de uma criança aparece na foto. A criança morte um pão com geleia, ilustrando a presença dos carboidratos na alimentação infantil

Pão, massa, bolacha, biscoito… É muito comum que crianças na idade pré-escolar prefiram esse tipo de alimento em vez de vegetais e frutas. Mas, assim, acabam consumindo uma quantidade muito elevada de carboidrato, açúcar, gordura e sal, em vez de fibras, vitaminas e minerais.

Essa tendência é originada na socialização alimentar da criança e depende, em grande parte, dos padrões da cultura alimentar do grupo social ao qual ela pertence. Já conversamos aqui sobre como os hábitos alimentares das famílias interferem nos hábitos alimentares das crianças.

Mas os carboidratos são vilões da alimentação?

Não! Mas é preciso equilíbrio! Vamos entender melhor?

Os carboidratos são a base da alimentação e os principais fornecedores da energia a ser utilizada pelo organismo nos processos de crescimento, desenvolvimento e atividades diárias.

Trata-se do nutriente que é sinônimo de energia. Por isso, a criança não pode ficar sem ele. A falta de carboidrato pode gerar desânimo e mau-humor.

A quantidade de carboidratos que deve ser consumida diariamente varia, dependendo da idade e também do quanto de energia se gasta. Os carboidratos devem compor de 50% a 60% do total de calorias consumidas todos os dias pelas crianças.

Tipos de carboidratos

Há dois grupos de carboidratos: os complexos e os simples. Ambos são essenciais na alimentação das crianças.

Os chamados carboidratos complexos são encontrados nos alimentos integrais e, além de favorecerem o sistema nervoso, auxiliam no funcionamento intestinal. Como têm uma absorção lenta por parte do organismo da criança, não passam tão rápido ao sangue, e os picos de glicose são reduzidos. Além disso, contribuem com uma maior sensação de saciedade e facilitam a digestão. Os alimentos que são incluídos nessa categoria podem ser derivados de farinha de trigo integral, milho e frutas.

Já os carboidratos simples, presentes no açúcar e no mel, ajudam a aumentar a disposição. Os carboidratos simples têm um impacto muito mais fugaz no organismo da criança, proporcionando uma sensação de saciedade na mesma hora e metabolizando o açúcar simples de uma forma mais rápida, uma vez que as reservas de energia proporcionadas pelo alimento se gastam de forma muito rápida.

Recomendações sobre o consumo carboidratos:

  • De 6 a 12 meses: 95 g

  • De 1 a 3 anos: 130 g

  • De 4 a 8 anos: 130 g

A introdução dos carboidratos integrais pode ser feita a partir de 6 meses, quando se inicia a introdução alimentar da criança. A recomendação de quantidade de porções varia a cada faixa etária. Um bebê de 6 a 11 meses, por exemplo, deve ingerir 3 porções de carboidratos, enquanto uma criança de 1 a 3 anos deve ingerir 5 porções desse tipo de alimento.

Mais carboidratos complexos na dieta

Diferentemente da imagem de vilão da saúde, o carboidrato é um nutriente essencial na alimentação infantil. A recomendação de consumo de carboidratos durante a infância é entre 55% e 75% do total de calorias consumidas diariamente, preferencialmente os complexos (40-45%) e, em menor proporção, os simples (10-15%). Isso pode ser feito por meio da ingestão de pães, cereais, arroz, massas, frutas e tubérculos, como batata e mandioquinha.

Todos saem ganhando se trocarem o arroz, o macarrão e o pão comuns, por exemplo, pelas versões integrais. Além de serem mais nutritivos, os alimentos integrais contêm fibras que permitem uma digestibilidade mais lenta e um menor índice glicêmico. Ou seja, libera a glicose (açúcar) no sangue numa velocidade muito menor.

Portanto, invista em alimentos integrais na alimentação do seu filho: dê preferência para o pão e a granola com tipos bem diversos de grãos e não se esqueça de incluir as frutas.

De um modo geral, carboidratos saudáveis ​​vêm de grãos integrais, feijões, frutas e legumes. Eles são considerados carboidratos “bons” por conta do seu alto teor de fibras e de seu perfil nutricional, pois a maioria contém magnésio, proteínas, vitaminas e antioxidantes essenciais, como A e C.

E o açúcar?

A educação sobre o consumo consciente do açúcar tem que começar desde cedo. Evitar o açúcar antes dos 2 anos é muito importante, porque nessa fase o paladar está se desenvolvendo. O excesso adicionado à alimentação dos pequenos pode fazer a criança se acostumar a esse sabor. Não devemos esquecer que é momento de estimular a percepção dos gostos, com apresentação de uma variedade de verduras, legumes e frutas. A criança tem o direito de comer doces esporadicamente, mas não diariamente.

Vale lembrar que quem cresce acostumado com o açúcar sente mais necessidade dele. A redução precisa ser gradual e a educação sobre hábitos alimentares deve abranger todos os integrantes da casa.

Equilíbrio na alimentação infantil

Cuidado com o desequilíbrio dos lanchinhos! Em vez de dar exclusividade aos carboidratos, lembre-se de que as crianças precisam também do grupo dos construtores (proteínas) e dos reguladores (vitaminas e minerais).

Carboidratos na alimentação infantil: a imagem é a ilustração de um prato com arroz, feijão, carne, salada e ovo sobre uma mesa com fundo azul e amarelo.

Então, os carboidratos não são vilões, mas sim parte de um super time de nutrientes! Principalmente os integrais, que fazem um bem incrível aos nossos pequenos. Mas, sozinhos, não fazem uma alimentação saudável, por isso não esqueça: equilíbrio é tudo!

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