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Ninhos do Brasil + Carochinha Editora: Ninhos do Brasil se uniu à Carochinha Editora, selecionando histórias que auxiliam nas questões enfrentadas em diferentes fases. Confira!

Como equilibrar minha rotina agitada com a maternidade?

Negra Li NL
Uma mulher grávida digita no computador em um escritório, com uma das mãos sobre a barriga.

Sabemos que a maternidade é cheia de desafios, presentes e surpresas. Ao engravidar, eu já planejava diversas maneiras para fazer meus filhos felizes e proporcionar sempre o melhor para eles.

Junto com esse planejamento, automaticamente veio a culpa e autocobrança, já que percebi o dilema que a maioria de nós, mães, passamos: rotina agitada x maternidade.

É importante que a criança saiba o porquê da ausência

Prezo pelo exemplo como ferramenta de aprendizado. Por isso, faço questão de explicar e mostrar os motivos de me ausentar por conta do trabalho, por exemplo. O Noah e a Sofia entendem dos meus compromissos e sabem que minha rotina é totalmente agitada.

Com apenas 4 anos, Noah já sabe explicar para alguém o porquê de eu não estar em casa. Ele diz "minha mãe foi trabalhar" ou, quando estou saindo, "tchau mamãe, bom trabalho/show".

E a Sofia que já consegue expor melhor seus sentimentos e é muito observadora, vive dizendo o quanto tem orgulho de mim, além de já ter demonstrado interesse em ser como eu sou e fazer algo similar ao que eu faço futuramente.

Como lido com a culpa ao me ausentar?

Percebo que, atrelada a essa autocobrança, está toda uma pressão externa da sociedade, que espera muito da relação da mulher com a maternidade.

Durante a minha jornada nesses anos como mãe da Sofia e do Noah, entendi que o caminho é tentar encontrar o equilíbrio entre manter os compromissos da carreira. Isso é parte de quem eu sou e é um papel que gosto muito de exercer, junto com as responsabilidades e momentos com meus filhos.

É claro que é uma prática diária me livrar do sentimento de remorso por todas as vezes que preciso viajar e passar dias longe de casa - eu me cobro muito, então esse sentimento é inevitável. Essa resposta emocional é normal, já que queremos (e tentamos) estar presentes o tempo inteiro, mas esses momentos mais distantes acabam acontecendo naturalmente.

Quando a Sofia deu seus primeiros passos, eu estava viajando a trabalho. Isso me deixou muito abalada, porque é uma daquelas coisas que mãe ou responsável nenhum quer deixar de viver em primeira mão. Chorei quando descobri que tinha perdido isso, mas hoje consigo colocar na balança todos os momentos que estou presente na vida dos meus filhos e entendo que, mesmo com as dificuldades da rotina, o importante é tentar se fazer presente até quando não é possível: saber o que está acontecendo com eles, me fazer parte do dia a dia deles sempre que a agenda permite, aproveitando ao máximo a companhia deles.

Uma rede de apoio é essencial

Aprendi a contar com uma rede de apoio incrível e necessária: minha mãe e meu irmão, que sempre estão dispostos a me ajudar com as crianças. Além disso, sempre que possível, planejo viagens com eles. Ou, como já aconteceu recentemente, consegui incluir meus filhos em viagens a trabalho, e foi maravilhoso! Vez ou outra também levo um mimo/presente na volta para casa.

Quando estamos juntos, me dedico muito para ter tempo de qualidade com o Noah e a Sofia: brinco, faço piqueniques, vou ao parque e não deixo de fazer algo diferente e divertido com eles para aproveitar todo o tempo que estamos juntos.

A maternidade é um processo muito complexo e nem sempre a agenda permite que a gente viva tudo o que quer com nossos filhos. Por isso, achei tranquilidade nesse equilíbrio: sou, assim como qualquer outra mãe, apenas uma pessoa. Consigo estar fisicamente presente em um lugar de cada vez, mas isso não significa que eu sou ausente, apenas que estou distante em alguns momentos, e está tudo bem.

Assim, aprendi a ser feliz acima de tudo, livre de culpas. Apesar da minha rotina incomum e agitada, sou feliz assim e sei que me torno uma mãe melhor quando estou trabalhando e realizando meus projetos. Afinal, grande parte do que eu faço também é pensando no futuro dos meus filhos, meu legado.

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