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Ninhos do Brasil + Carochinha Editora: Ninhos do Brasil se uniu à Carochinha Editora, selecionando histórias que auxiliam nas questões enfrentadas em diferentes fases. Confira!

Criança obesa? Entenda como ajudar sem gerar traumas

Elaine de Pádua EP
Imagem de um donut rosa com olhinhos e um pedaço mordido representando o rostinho de uma criança obesa

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a obesidade infantil se configura como um dos maiores problemas de saúde pública do mundo na atualidade. E vem crescendo de maneira alarmante nas últimas décadas. 

Além de ser uma questão de saúde física, ela também influencia diretamente questões como desenvolvimento social e emocional das crianças que são afetadas. 

Mas, antes de discutirmos como solucionamos esse problema ou como estimulamos uma alimentação saudável, é necessário ter um olhar de cuidado com essas crianças. Em vez de sugerir que emagreçam, é importante incentivá-las a se sentirem confiantes no próprio corpo e olhá-lo com amor. 

Um dos principais exercícios é o da autoestima e da autoconfiança. Esses fatores influenciam diretamente a saúde geral da criança. Por isso, é necessário olhar no plano macro: acompanhamento psicológico, pediátrico e endócrino infantil. 

Quais são os fatores que podem interferir em um ganho de peso excessivo na infância ?

O primeiro passo é entender as causas do sobrepeso ou obesidade infantil. Nem sempre é excesso de comida. Um olhar atento e integral deve considerar os seguintes aspectos:

Genéticos

Significa que a criança pode ter uma predisposição genética, ou seja, se numa família algum dos pais ou avôs apresentarem excesso de peso, a tendência da criança ser obesa é maior.

Metabólicos

O organismo de cada indivíduo é diferente, por isso o funcionamento varia de criança para criança. Há crianças que nasceram com um metabolismo que facilita o ganho de peso sem que elas comam exageradamente. Há outras que comem muito e não ganham peso. Também é preciso avaliar se há algum distúrbio hormonal que esteja afetando o metabolismo.

Fatores externos

São aqueles que fazem parte do ambiente em que a criança está inserida. Como são os hábitos da família e dos amigos? E na escola, qual é a alimentação ofertada?

Leia também: Como os hábitos da família influenciam a alimentação das crianças

Alimentares

As preferências alimentares, a quantidade, a forma de preparo e o modo como a criança come podem levar ao aumento da ingestão de calorias acima das necessidades, resultando em excesso de peso.

Psicológicos

Problemas emocionais, frustrações e ansiedade podem levar a criança a comer mais como mecanismo de compensação. 

Leia também: O que é a fome emocional

Atividade física

O estilo de vida da criança reflete diretamente no desenvolvimento da obesidade. Crianças sem hábito de praticar atividades físicas gastam menos energia, potencializando o surgimento de depósitos de gordura, favorecendo assim o aumento de peso.

Leia também: A importância da atividade física

Antes de emagrecer para ficar bem, fique bem para emagrecer

Perder peso e adquirir hábitos mais saudáveis pode contribuir para nosso bem-estar, mas, mais que isso, é importante nos sentirmos bem física e psicologicamente. Estar confortável com o próprio corpo, mesmo que buscando mudá-lo, é essencial para que o processo de emagrecimento flua da melhor forma possível, sem traumas.

Na hora de lidar com a obesidade infantil, é importante ter empatia e saber que essa questão é extremamente delicada. A criança precisa do devido apoio da família para superar o problema, de forma que sua saúde mental não seja comprometida em prol do físico. As coisas andam juntas! Saúde é por inteiro!

A obesidade muitas vezes pode ser causada por casos de ansiedade e depressão. Nesses casos, é imprescindível o acompanhamento psicológico, para que a criança tenha a maior rede de apoio possível e se sinta segura.

Dicas para uma alimentação mais saudável em família

Bons hábitos são mais fáceis de serem mantidos quando aprendidos na infância.

Isso não significa que a criança deva ser submetida a uma dieta rígida nem ser proibida de comer o que gosta, mas que algumas mudanças no dia a dia fazem a diferença para prevenir a obesidade (e manter a saúde de forma geral).

Confira algumas delas:

Defina horário para as refeições:

Quando a família tem horários definidos para fazer as principais refeições, fica mais fácil se organizar durante o dia para preparar refeições saudáveis e gostosas. 

Essa rotina evita que a criança fique “beliscando” sem supervisão e/ou passe longos períodos de tempo sem comer, o que pode levá-la a comer muito mais na hora da refeição ou a carência de nutrientes importantes. 

Fracione as refeições:

Fazer cinco a seis refeições diárias em intervalos de no máximo três horas pode ser uma boa ideia para as crianças. Se a criança só toma café da manhã e não inclui nenhum lanche entre o café e o almoço, sem dúvida ela comerá mais e de forma voraz na próxima refeição.

Incentive a mastigação adequada:

Comer devagar, sentindo o sabor, o cheiro e a textura do que está ingerindo é um hábito importante de ser incentivado desde cedo. Dessa forma, é muito mais fácil reconhecer quando se está saciado. Além disso, é uma forma de apreciar mais esse momento tão gostoso que é a hora de comer. 

Nada de refeições vendo TV: 

Essa é mais uma dica que envolve a atenção que a criança (e os adultos) dá ao momento de comer e ao que se está consumindo. Que tal trocar as refeições em frente à TV por comer todos juntos à mesa?

Alimentos ricos em gordura e açúcar devem ser oferecidos com atenção:

Calma, não é necessário proibir a criança de consumi-los, até porque os próprios adultos os consomem. Mas é possível controlar a quantidade e a frequência em que se come esse tipo de alimento durante a semana. 

A oferta de no máximo uma porção de doce por dia, por exemplo, não priva a criança do prazer do doce, apenas adequa a uma quantidade bacana. Sobremesas de frutas também são boas opções para provar um docinho com mais nutrientes!

Variedade é a palavra chave:

Quanto mais você variar a alimentação, maior será a ingestão de nutrientes essenciais para o desenvolvimento e crescimento da criança. Um exemplo prático: em vez de oferecer sempre salada de alface, teste disponibilizar couve em uma oportunidade, repolho em outra. O feijão é uma das leguminosas favoritas do brasileiro, mas pode ser bom provar a lentilha um dia, e assim por diante. 

Respeite a saciedade da criança:

É muito importante incentivar a criança a entender quando está saciada. Para isso, deixe que ela mesma indique as porções que quer de cada alimento e não exija que ela “raspe o prato” sempre. Se ela já está satisfeita e ainda tem comida no prato, tudo bem: com o tempo vocês vão encontrando qual é a quantidade que sacia sem desperdiçar! 

Exemplo é o melhor professor, sempre!

Por fim, a mudança de hábitos alimentares da família é a menor maneira de prevenir comportamentos que podem levar à obesidade infantil. O exemplo para uma alimentação saudável começa em casa, com os pais.

De nada adianta ensinar a criança a comer salada, carnes magras, queijo branco, se os adultos têm como aperitivos salgadinhos, queijos à milanesa, salaminhos e tantos outros alimentos que não deveriam ser rotina. A melhor maneira de cultivar hábitos alimentares saudáveis nos filhos é tendo esses hábitos.

Leia também: [inserir link de texto sobre refeição saudável]

Dicas da nutri para garantir uma alimentação mais saudável para a criança:

  • Estimule o consumo de frutas, hortaliças e leite e fique atento(a) ao exagero nas guloseimas (embutidos, salgadinhos, doces) e refrigerantes, bem como a omissão do café da manhã.
  •  As fibras são bem importantes! Elas diminuem a absorção de gorduras, atua no controle do colesterol, aumenta a saciedade e ajuda no controle de peso. Então, uma dica é adicionar à alimentação dos filhos aveia, granola, gérmen de trigo, linhaça e quinua. 
  • Leia os rótulos: eles mostram qual é o ingrediente presente em maior quantidade no alimento, a quantidade de açúcar e sódio, além de corantes, conservantes e outros. O hábito de sempre ler o rótulo te ajudará a fazer melhores escolhas.
  • Não dê refrigerante aos pequenos. A maioria das pessoas que ingeriu pouco refrigerante na infância prossegue com o hábito na vida adulta. Mesmo as versões diet/light não são indicadas, pois contêm adoçantes artificiais, cujos efeitos no organismo da criança ainda são discutidos por especialistas. 
  • Substitua o uso de açúcar refinado por opções mais naturais, como mel ou açúcar mascavo. Mas fique de olho: mesmo usando açúcares menos refinados, o cuidado com a quantidade continua, ok?;
  • Se for a fast foods ou restaurantes de alimentação menos natural, evite que a criança consuma refrigerantes e porções muito grandes; 
  • Faça receitas coloridas - a arrumação dos pratos também conta muito. Seja criativo: misture cores, faça carinhas com as comidas, corte frutas em formatos diferentes. As crianças são muito visuais;
  • Leia livros para crianças que falem de alimentação saudável, assim, elas passam a simpatizar mais com os alimentos;
  • Conte histórias com personagens, como Popeye, que comia espinafre para ficar forte; de como as abelhas fazem o mel; de como os coelhos são fortes porque comem cenouras etc.

Dicas de trocas inteligentes

Uma das soluções mais práticas para uma reeducação alimentar que não cause tanto impacto e estranhamento são as substituições alimentares. Dessa forma, você pode manter sabores familiares, mas com opções mais saudáveis e menos calóricas. 

Carnes

Evite aquelas com gorduras aparentes e prefira as magras, as aves sem pele e os peixes.

Embutidos

Quando possível, troque mortadela, presunto ou salame por petiscos ou recheios mais naturais. Algumas opções são ovos, azeitonas e queijo branco.

Salgadinhos

Dê preferência para os assados ao invés dos fritos. No mercado já há salgadinhos com baixo teor de gordura.

Queijos

Evite os gordurosos, que geralmente têm cor amarela, e prefira o queijo branco, ricota, cottage.

Biscoitos

Escolha opções com menos corantes, conservantes, sódio e açúcar. Biscoitos caseiros também são boas alternativas!

Bolos

Evite os recheados e com coberturas cremosas e prefira os simples.

Sucos

Prefira os naturais e, se adoçar, dose a quantidade de açúcar. 

Macarrão

Evite os instantâneos e prefira o macarrão com molho de tomate.

Hábito saudável é para sempre!

Muito além do peso da criança, a alimentação saudável traz qualidade de vida, previne doenças e fornece energia. E isso serve para a família toda.

Fazer escolhas mais conscientes, variar a alimentação e comer em família com certeza vão trazer resultados positivos em vários aspectos da saúde.

E lembre-se: todo o processo pode ser baseado no equilíbrio, sem culpa e sem repressão. Você e a criança podem aprender juntos, contando sempre com o apoio de profissionais! 

Quer dicas de brincadeiras para incentivar uma alimentação saudável? Confira quatro sugestões aqui:


 

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