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Ninhos do Brasil + Carochinha Editora: Ninhos do Brasil se uniu à Carochinha Editora, selecionando histórias que auxiliam nas questões enfrentadas em diferentes fases. Confira!

14 brincadeiras de rua para lembrar os velhos tempos

Ninhos do Brasil NB
Uma menina de vestido e tênis está agachada na rua desenhando uma amarelinha no chão. A foto faz alusão ao tema de brincadeiras de rua

Brincadeiras de rua eram praticamente a única opção de diversão na infância para muitos de nós, hoje adultos, mães e pais. Ah, e como era legal!

Jogar bola, pular corda, amarelinha, pique-esconde, pega-pega, soltar pipa, taco, patins, bicicleta, carrinho de rolimã, joelho ralado… Opa, joelho ralado não era uma brincadeira, mas fazia parte do contexto todo!

A diversão dessas brincadeiras segue viva na memória dos adultos e nos pátios das escolas, mas bem que poderia estar mais presente na rotina da meninada, concorda? Por isso, este texto é um convite para iniciar esse resgate tão importante para o desenvolvimento infantil quanto para a própria comunidade de vizinhos. Vamos nessa?

Qual é a importância das brincadeiras de rua?

Brincar ao ar livre, em espaços onde crianças de diferentes idades possam se encontrar, interagir e criar suas próprias brincadeiras e regras, pode ser muito enriquecedor para elas porque estimula a criatividade, a socialização e a autonomia infantis. Isso pode acontecer em uma rua mais tranquila, parques, condomínios ou mesmo em praças públicas.

Brincar ajuda no desenvolvimento de habilidades motoras, sociais e emocionais – todas essenciais para uma vida saudável! A criança cresce se sentindo mais segura e confiante, com maior capacidade de se posicionar no mundo.

E não são só as crianças que se beneficiam! Quando a meninada ocupa os espaços públicos, fortalece-se o espírito de comunidade entre vizinhos! Também os adultos interagem, se ajudam e se comprometem mais com o todo. Resultado? Um ambiente mais seguro e limpo para todos!

Benefícios das brincadeiras de rua

São muitos benefícios, mas resumimos em nove principais:

socialização
autonomia
criatividade
coordenação motora
autoconfiança
zero ou baixo custo
capacidade de resolver conflitos
reconexão dos adultos com a própria infância
espírito de comunidade

socialização autonomia criatividade coordenação motora autoconfiança zero ou baixo custo capacidade de resolver conflitos reconexão dos adultos com a própria infância espírito de comunidade
 

Tipos de brincadeiras de rua

Já falamos que criatividade é um dos maiores baratos de brincar na rua, né? As brincadeiras de rua são uma categoria muito ampla, e podem ser sempre reinventadas. 

Mas, se as crianças estão muito acostumadas a ficar só em casa e nas telas, vale uma ajudinha para descobrirem as alegrias que existem fora do portão. E, claro, alguns cuidados, que você verá no final do texto.

Brincadeiras de rua antigas

Não é só do “nosso tempo”. Tem brincadeira de rua com tradição que volta a muitas gerações atrás. Amarelinha, brincadeiras de roda, pega-pega, esconde-esconde, pião, cinco marias, bolinha de gude e elástico são alguns dos exemplos. Quer lembrar algumas dessas brincadeiras com a gente?

Amarelinha:
Quem resiste à tentação de pular quando vê os números desenhados no chão? Vale deixar um desenho à tinta fixado na calçada ou redesenhar toda vez com giz colorido. 

Como brincar de amarelinha: desenhe os números de 1 a 10 dentro de quadrados grandes o suficiente para caber um pé! Intercale um número sozinho e dois em dupla, de forma que seja possível pular uma vez em um pé só, e outra apoiada em dois pés. 

Seguindo a sequência numérica, o jogador lança a pedrinha em cada um dos quadrados e pula ida e volta. Não pode pisar no quadrado onde está a pedrinha, nem na linha, nem fora dos quadrados. Na volta, precisa recolher a pedrinha, também sem encostar no quadrado.

Se encostar em algum dos lugares proibidos ou se errar o lance da pedrinha, dá a vez para a próxima pessoa. 

Brincadeiras de roda: 
Ciranda, cirandinha, corre cotia, batata-quente, escravos de Jó, entre tantas outras. As brincadeiras de roda estimulam a musicalidade, memória, equilíbrio e concentração.

Ciranda, cirandinha
Clássico dos clássicos, a brincadeira é ideal para crianças na fase de alfabetização, quando começam a memorizar os primeiros versinhos.

Como brincar de ciranda, cirandinha: em roda e de mãos dadas, as crianças cantam e rodam. No final da canção, uma delas é escolhida para ficar no meio da roda e declamar um versinho. Depois, quem declamou escolhe quem vai declamar na próxima rodada. A letra que se canta é esta:

Ciranda, cirandinha
Vamos todos cirandar!
Vamos dar a meia-volta
Volta e meia vamos dar
O anel que tu me destes

Era vidro e se quebrou
O amor que tu me tinhas
Era pouco e se acabou
Por isso, (nome de um participante)
Entre dentro desta roda
Diga um verso bem bonito
Diga adeus e vá-se embora.

Escravos de Jó
Este outro clássico das brincadeiras de roda estimula a concentração e a musicalidade de crianças a partir de 3 ou 4 anos de idade, mas pode divertir ainda por muitos anos. Vale brincar dentro de casa, mas sentados na calçada ou na praça é muito mais divertido!

Como brincar de escravos de Jó: sentadas em roda, cada criança tem um objeto (normalmente uma pedrinha ou tampinha) para passar a quem está ao lado. Mas o movimento não é linear. Em determinadas partes da música, o objeto continua onde está; em outras, faz o zigue-zague.

Conforme ganha-se prática, o desafio é aumentar a velocidade. No clipe da Galinha Pintadinha, é possível lembrar a coreografia. 

Escravos de Jó (passar ao lado)
Jogavam caxangá (passar ao lado)
Tira, bota, deixa ficar (levantar o objeto em "tira", colocar de volta na mesa em "bota" e levantar as mãos em "deixa ficar")
Guerreiros com guerreiros fazem (passar ao lado)
zigue-zigue-zá (o objeto vai para o colega no primeiro "zigue", volta para si no segundo "zigue" e segue a rodada no "zá")
Guerreiros com guerreiros fazem (passar ao lado)
zigue-zigue-zá (o objeto vai para o colega no primeiro "zigue", volta para si no segundo "zigue" e segue a rodada no "zá")

Brincadeiras de rua dos anos 80 e 90:
Além das brincadeiras clássicas antigas, tem as que marcaram época na década de 1980 – pais e mães que estão por volta dos 40 anos vão lembrar!

Bambolê: equilibrar o aro de plástico girando na cintura, no braço ou na perna é um super exercício físico e de coordenação motora.

Crianças brincando de bambolê ao ar livre

Bolha de sabão: essa ainda é sucesso entre todas as idades, desde bebês até crianças maiores: eles adoram correr atrás e estourar as bolinhas encantadas!

Duas crianças mais novas, brincando com bolhas de sabão ao ar livre

Telefone sem fio: falar uma coisa no ouvido de alguém, que passa a mensagem para o outro, que passa para o outro até chegar no último… de quando a gente nem sonhava que um dia ia existir telefone sem fio mesmo!

3 crianças cochichando uma no ouvido da outra, simbolizando a brincadeira telefone sem fio

Pular corda: enquanto dois giram a corda, um terceiro pula cada vez que ela encosta no chão. Vale contar para ver quem consegue mais pulos, ou então fazer as coreografias. Aliás, lembra desta? 

Quatro crianças brincando de pular corda ao ar livre

Um homem bateu em minha porta e eu abri…
senhoras e senhores, ponha a mão no chão, 
senhoras e senhores, pule num pé só, 
senhoras e senhores, dê uma rodadinha 
e vá pro olho da rua!

Taco ou bets: para jogar taco, é preciso dois tacos (ou pedaços de madeira), uma bolinha de borracha ou de tênis, um alvo (pode ser uma garrafa, uma pilha de latas de alumínio ou uma casinha montada com pedaços de madeira). Além dos apetrechos, precisa de 4 jogadores divididos em duas duplas: arremessadores contra rebatedores.

Desenha-se dois círculos a uma distância de uns 15 metros, aproximadamente. Essas serão as bases. Em cada base fica um dos alvos, um arremessador e um rebatedor.  

Os arremessadores tentam acertar os alvos com as bolinhas, e os defensores precisam rebater a bolinha com o taco para impedir que seu alvo caia. Depois de rebater, precisam trocar de base com o outro rebatedor, encostando um taco no outro. Enquanto eles trocam, os arremessadores podem tentar acertar o alvo. 

Brincadeiras de rua atuais

Os clássicos se renovam e até algumas cantigas de roda são atualizadas para os novos tempos, mas brincar na rua continua sempre muito divertido. 

Batalhas de esguicho de água fazem sucesso nos dias quentes. Veja mais brincadeiras com água aqui.

Outra brincadeira que voltou à moda foi batatinha-frita, 1-2-3. 
Virado de costas, o líder diz “batatinha-frita, 1-2-3”. Enquanto ele está falando, os participantes precisam correr em direção ao líder. Quando o líder se vira, todos precisam virar estátua. Quem se mexer, volta para o começo. Quem chegar primeiro na linha do líder vence.

Patins e skate continuam fazendo a alegria e os tombos da criançada a partir dos 7 anos, mais ou menos. Só não vale descuidar dos equipamentos de proteção!

Entre os pré-adolescentes, há os grupos que misturam tecnologia e brincadeira de rua para caçar Pokémons ou ensaiar e filmar coreografias em grupo.

Brincadeiras de futebol de rua 

Não dá pra falar de brincadeira de rua sem falar em futebol ou outros jogos com bola em geral. Mesmo onde não tem quadra, cria-se uma!

Os chinelos viram as traves, uma risca de giz divide o campo, e começa a partida! Mas cuidado para não chutar muito longe e atingir uma janela vizinha!  😱

Ainda com bola, vôlei 5 corta também faz sucesso acima dos 9-10 anos, quando a coordenação está melhor. Conta-se toques e manchetes; quando chega ao número 5, é preciso cortar. Se a bola encostar em alguém, a pessoa sai. Se a pessoa conseguir segurar a bola, quem cortou é que sai. 

6 cuidados necessários durante as brincadeiras de rua

Brincar na rua é legal, mas alguns cuidados são necessários. É importante ensinar desde cedo e explicar tudo isso para as crianças. 

  1. Sol forte: sempre passar protetor solar e evitar brincar sob o sol entre 11h e 15h.
  2. Equipamentos de segurança: em brincadeiras como bicicleta, skate e patins, é importante que as crianças usem capacete, joelheiras e cotoveleiras.
  3. Conversar sobre os perigos: explicar para não conversarem com desconhecidos, nem aceitarem alimentos oferecidos por estranhos. Explicar que existem algumas pessoas com más intenções, mas reforçar que a criança sempre terá vocês, pessoas confiáveis, por perto. 
  4. Respeito ao meio ambiente: lembrar as crianças de não deixarem lixo no chão, além de falar sobre a importância de respeitar as pessoas e animais e preservar as plantas e árvores da rua. Leia mais sobre atitudes sustentáveis. 
  5. Ter sempre um adulto de confiança por perto: para passar segurança, ajudar a resolver eventuais conflitos ou machucados. Sim, eles acontecem! O ideal é que o adulto nem se envolva tanto na brincadeira, preferindo incentivar o brincar livre das crianças, mas que esteja por ali para ser um apoio.
  6. Trânsito: evitar brincadeiras em ruas com muito movimento de carros e ensinar, desde cedo, que se deve olhar para os dois lados da rua antes de atravessar, e fazê-lo na faixa de pedestres. Dê sempre o exemplo.

Em algumas cidades, é possível criar um conselho de moradores e solicitar o fechamento da rua para carros uma vez por semana, para liberá-la a pedestres. Confira se é o caso da sua cidade. Se as ruas de lazer ainda não existem na sua cidade, vale fazer pressão junto aos vereadores para criarem essa possibilidade!

Como você sabe, os machucados podem fazer parte das brincadeiras. Saiba o que ter na sua farmacinha caseira e o que fazer em caso de fratura. 

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