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Decifrando a fome (e a falta dela) em bebês e crianças

Baby and Me BM
Na cozinha de uma residência temos a imagem de um bebê segurando uma colher, com a boca bem aberta, se alimentando.

Abre o bocão, que lá vem o aviãozinho… já usou esse truque por aí? Para melhorar ainda mais a hora da refeição, saber como reconhecer os sinais de saciedade na criança faz toda a diferença. 😉 Que tal entender sobre isso? 

Sabemos que é muita informação para processar: a quantidade de alimento que deve ser oferecida, o intervalo de tempo entre uma refeição e outra, a seletividade alimentar… mas tudo isso depende da fome que o bebê está sentindo.

Já que os pequenos ainda não se comunicam verbalmente, vamos contar sobre como saber se eles já estão satisfeitos ou não.

Vem com a gente!

Pra começar: quanto de comida é o suficiente?

É preciso lembrar que, assim como os adultos, nem todas as crianças têm as mesmas necessidades nutricionais. Por isso, não existe uma regra dizendo a quantidade exata de comida que uma criança deve consumir.

Sinais de fome e a introdução alimentar

A partir do sexto mês, é hora de começar a introduzir alguns alimentos sólidos na dieta. Note que o bebê não come como um adulto, as porções são menores. Em cada refeição, você pode calcular 1/3 da porção dos adultos, aproximadamente uma colher de sopa de cada alimento. 

Mais do que a quantidade, o foco aqui deve ser que o bebê receba a variedade de vitaminas, sais minerais, proteínas, entre outros nutrientes presentes nos alimentos.

Em geral, bebês costumam comer pouco. Insistir que eles comam tudo o que está no prato pode resultar na perda da noção de saciedade. Isso faz com que a criança se acostume a comer além do limite.

É fome? Tá de barriga cheia? Sinais de fome e saciedade 

Perceber os sinais de fome e de saciedade do seu filho é essencial para que ele tenha uma boa relação com a alimentação. Além disso, é parte importante de um crescimento e desenvolvimento adequados.

A comunicação dos bebês, em um primeiro momento, é exclusivamente não verbal. Gestos, movimentos do corpo e choro são os modos que eles usam para expressar seus desconfortos, sejam referentes ao sono, ao incômodo de uma fralda suja e, claro, à fome – ou a falta dela.

Reconhecer o que cada gesto e choro significam requer atenção por parte de pais e mães. É o que chamamos de escuta ativa: não apenas ouvir, mas entender o que a criança comunica com suas expressões. Aí inclui-se perceber a diferença entre um choro e outro, por exemplo. Entender essa comunicação dos pequenos ajuda muito na hora de saber se o bebê está com fome ou saciado.

A função da rotina na compreensão da saciedade

Além da escuta ativa, outro fator importante para facilitar essa compreensão é manter uma rotina estruturada. Horários bem definidos nos guiam na identificação das necessidades dos bebês. O choro do sono, na hora da soneca, vai ser diferente do choro da fome, por exemplo.

Assim como no organismo do adulto, a criança também vai se acostumar a comer em determinados horários e o corpo dela vai reclamar caso não seja alimentado. 
Mas não só o choro deve ser levado em conta: outros sinais também nos mostram quando os bebês estão famintos ou satisfeitos e não querem comer mais.

Mas quais são esses sinais?

Cada criança é única, mas alguns sinais são universais. Praticando a escuta ativa, você vai perceber como a criança se comunica com você. Veja como saber se o bebê está com fome:

No geral, bebês que estão com fome: choram, se aproximam da colher, abrem a boca e pegam na mão de quem está oferecendo o alimento. Também apontam para o alimento, tentam pegar e levar à boca. Os com mais idade já tentam avisar por palavras.

Quando estão saciados, os bebês fazem o oposto, ou seja: empurram a colher/mão de quem está oferecendo o alimento, fecham a boca, viram a cabeça e o corpo. Também deixam o alimento parado e chegam até a empurrar o alimento oferecido. À medida que crescem, tentam dizer de alguma maneira que não querem mais e podem até jogar o alimento para fora do prato.

Quando a criança está comendo demais?

Geralmente, duas horas sem comer ou beber são suficientes para a fome aparecer. Porém, o apetite oscila conforme nossa situação emocional. Com as crianças não é diferente, elas também relacionam seus sentimentos ao momento das refeições.

Preste atenção na frequência que a criança pede por comida. Observe também a quantidade de alimento que ela ingere. Depois, perceba o que ela pode estar sentindo – se está triste, feliz ou ansiosa, por exemplo. Essas informações ajudam na hora de entender melhor a relação da criança com a alimentação naquele momento.

É normal não querermos comer ou até não sentirmos fome quando estamos tristes. Mas a criança come muito mais quando está ansiosa? O apetite muda quando ela está tensa ou muito feliz? Como saber se ela ainda está com fome ou já se trata de uma compulsão?

Pode ser o caso do que chamamos de fome emocional, quando a comida é um escape para lidar com situações e emoções negativas. Esse é o comportamento de preencher as carências com alimentos.

Uma criança pode comer mesmo sem fome, para compensar a falta de atenção e de afeto, por exemplo. O ato de comer se torna compulsivo em vez de natural. Nesses casos, é essencial que se identifique a causa da fome emocional, para ajudar a criança.

Quando a criança come pouco?

Aqui, é bom ficar de olho no desenvolvimento da criança, principalmente no peso. Procure acompanhar com o pediatra a tabela com as curvas de crescimento e veja se ela está se desenvolvendo como o esperado para a idade. 

Fatores emocionais

Há também que se atentar aos fatores emocionais. Algumas emoções, como tristeza ou medo, por exemplo, tiram a fome até de adultos, que dirá de crianças que ainda não têm esse entendimento.

Planejamento

Falta de rotina é outro fator que pode atrapalhar a alimentação adequada dos pequenos. Criança que come na hora que quer ou faz lanchinhos durante o dia todo pode chegar satisfeita na hora do almoço ou jantar e recusar a comida.

Cansaço

Outro ponto de atenção é o cansaço da criança: com sono, é bem possível que ela não tenha a energia necessária para se alimentar adequadamente.

Dentição e doenças 

É bom lembrar também que, tanto em bebês desenvolvendo os dentes de leite como em crianças trocando a dentição, pode haver uma perda de apetite causada pela dor. Gripes, resfriados e viroses em geral também podem ser o motivo da perda de apetite. 

Quando devo procurar ajuda?

Sempre que você perceber que a dieta da criança está em desequilíbrio, fique alerta. Isso precisa ser investigado com a ajuda de pediatra e nutricionista.

Seja por comer muito ou comer pouco, o fato de seu filho não estar seguindo uma dieta equilibrada influencia a vida presente e os hábitos futuros. 

Além das medidas da criança, fatores sociais e psicológicos devem ser levados em conta. Foi pensando nisso, que Nestlé e Ninho desenvolveram o Índice de Bem-estar do Brasileirinho (IBB). Uma pesquisa sobre a saúde e o bem-estar das crianças do nosso país, que serve como base científica para nosso site.

Prestando atenção na criança e com o desenvolvimento dela dentro do esperado, fica mais fácil entender que não precisamos oferecer comida para a criança o tempo todo. A cada 2 horas, aproximadamente, seu bebê vai demonstrar sinais de fome. Fique atento, e o alimente sempre que perceber esses sinais.

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