Entendendo as emoções na primeira infância
A primeira infância é o começo da vida - e isso é muito, muito grandioso. De modo geral, podemos considerar essa fase como a janela dos 0 aos 6 anos de idade, momento crucial para o desenvolvimento das crianças.
Segundo a psicóloga clínica Paloma Vega de Matos Martins, o desenvolvimento que ocorre nessa fase é enorme. E nós somos testemunhas disso em casa - e também na escola, não é mesmo?
Quer saber mais sobre essa faixa etária cheia de emoções, aprendizados e mudanças? Então veja o que Paloma tem a dizer sobre o assunto!
A primeira infância e o desenvolvimento infantil
"Cada criança se desenvolve de um jeito. Não raramente somos surpreendidos por elas durante o processo de crescimento. E está tudo bem ser pego de surpresa: as crianças vêm sem manual e assim podemos desvendar o mundo junto com elas!" afirma.
Paloma complementa: "Esse período todo da primeira infância, repleto de curiosidades e aprendizados, é “a fase em que se inicia a formação da personalidade e da identidade de cada indivíduo”.
As emoções da criança durante a primeira infância
Ainda de acordo com a especialista, essa fase inicial é marcada por grande impulsividade: “é o adulto quem ensina o que pode ou não, o freio vem de fora. O adulto ensina regras básicas de convivência e ajuda a estruturar o mundo interno da criança. A questão dos limites, na primeira infância, é bem importante. Costumo dizer que toda criança precisa de afeto, acolhimento e limites firmes, na medida certa”.
Conhecendo o mundo durante a primeira infância
A primeira infância também é marcada por fantasias. Nessa fase, a criança está aprendendo a lidar com seus sentimentos enquanto se adequa à sua realidade: os momentos bons e ruins, as responsabilidades, os conceitos de certo e errado.
O papel dos pais e da escola, aqui, é proporcionar à criança as ferramentas necessárias para que ela possa se entender (e entender aos outros) da melhor forma possível. Oferecer um bom ambiente, repleto de acolhimento, carinho e compreensão favorecem esse ajuste das fantasias, que nada mais são do que a forma como a criança enxerga o mundo antes de compreendê-lo.
Vale lembrar que, especialmente na primeira infância, os papéis da escola e da família são complementares. A criança necessita dos pais ou responsáveis com quem possa se identificar de alguma forma e, dando continuidade ao que é vivido em casa, a escola amplia representa o apoio.
O caminho contrário também ocorre, com a escola sendo o ponto de partida para aprendizados que depois são levados pela criança para casa.
Brincadeiras na primeira infância
Como dissemos anteriormente, a criança se conhece a partir das relações com os adultos. É justamente a partir da referência do adulto como modelo que essas “pequenas pessoas” em crescimento desenvolvem a autoimagem e a autoestima.
Você já parou para pensar de onde vem a vontade das crianças de brincar de faz de conta, criando histórias e personagens? Essa brincadeira, assim como todas as outras, tem grande importância para o desenvolvimento infantil. Isso porque pode ser entendida como uma manifestação da construção do que é o mundo a partir do que é observado pelos olhos da criança.
A elaboração de sentimentos, conflitos, desejos e a experimentação (de normas culturais, desempenho de papéis etc.) fazem parte desses momentos de brincadeiras.
“Por meio da brincadeira desenvolve-se emocional e socialmente e compreende seu lugar no mundo. O desejo de ser adulta a coloca em movimento, em direção ao crescimento, em direção ao mundo adulto”, diz a psicóloga.
Quer saber mais sobre o assunto, confira o texto da psicóloga Paloma Vega de Matos Martins na íntegra no blog Baby&Me. Acesse aqui.