Vou ser pai, e agora?
Pai de primeira viagem é um bicho engraçado. Falo isso com todo carinho e respeito. Já fui esse homem e entendo totalmente o que você possa estar passando. Um misto de extrema felicidade, doses de ansiedade e algumas pitadas de pânico.
Vou direto ao spoiler, ok? Que é quando entregamos o final de um enredo. Confia em mim, vai dar tudo certo!
Mesmo assim, deixo aqui, especialmente para você, pai de primeira viagem, algumas dicas que podem facilitar esse início da paternidade:
Para ser um bom pai você precisa se entregar!
Isso mesmo, se atire! De cabeça e de coração abertos. Participe de cada momento. De todos eles. Não arranje desculpa para faltar a uma ecografia, consulta na pediatra ou para deixar de limpar o vômito no chão da sala.
Eu sei, a descoberta da gestação, planejada ou não, dá um frio na espinha. Muitos homens passam a agir como se fossem profissionais da contabilidade: calculam freneticamente todos os gastos envolvidos daqui até o fim da pós-graduação do filho. Tem na ponta da língua o número exato de fraldas que serão necessárias.
Calma, papai. Uma coisa de cada vez. Nós, homens, éramos educados para racionalizar, eu entendo. Porém, a verdade é que agora é o momento de sentir, de acolher as inseguranças, de se emocionar com o desconhecido.
Tenha empatia com o que a futura mãe está passando
As mães passam por um turbilhão hormonal. É como montanha-russa mesmo. E você será o ponto de apoio dessa mulher. Certo, sejamos honestos: você também vai perder o rumo. E está tudo bem. Mas é sobre aceitar o protagonismo dela. Sejam parceiros e se apoiem. Se abracem. Isso sempre faz bem.
Cada família é de um jeito
Pode esquecer essa conversa de certo e errado. Ou de Manual de Paternidade. Nada disso faz sentido. Sim, seria mais fácil se tivéssemos um guia detalhado de como ser um bom pai. Mas a verdade é que o que funcionou para mim, pode não fazer efeito para você.
Cada família é de um jeito. Cada criança é um serzinho diferente. A gente aprende fazendo. Sensível às respostas dos nossos filhos. Lembre-se sempre: aprendemos sobre nosso filho justamente com ele. E quando você não souber a resposta, – acredite, isso vai acontecer muitas vezes – não tenha receio de pesquisar, ler e se informar.
Uma coisa nunca dá errado: o afeto. E enquanto segue seu coração, aprenda tudo que puder aprender. A preparação para o parto, o jeito certo de colocar para arrotar, o que fazer em caso de leite empedrado e qual é o significado na mudança de cor do cocô. Uma boa forma de lidar com as inseguranças de se tornar pai e responsável por uma nova vida é pedir ajuda para quem entende do assunto. Participe de todas as etapas e participe ativamente na busca por conhecimento.
É a hora de ouvir seu coração
Escutar até mesmo os silêncios, porque eles nos ensinam demais. É fundamental já ir conversando com a barriga. Não tenha vergonha. Se estiver tímido, não tem problema, converse mesmo assim.
Dizem que pode demorar para cair a ficha do homem em relação à paternidade. Não carregamos o bebê e isso dificulta tudo. Então, participar ativamente de toda a gestação e do pré-natal (ou de todas as etapas da adoção) é um portal para essa conexão ir se estabelecendo desde o início.
O que não pode é perder tempo
A ideia é basicamente saber que vai dar tudo certo. Sustos farão parte. Lágrimas também. Cansaço e birras (suas) não faltarão. Mas, se houver entrega, presença e afeto, a margem de erro reduz demais.
E sempre que precisar conte comigo! Pode aparecer aqui, porque meus textos são pensados para nos ajudarmos.
Forte abraço e até a próxima!
Para participar ativamente da vida do bebê desde o nascimento e oferecer todo o suporte que sua parceira vai precisar, continue lendo o artigo abaixo, e tire suas dúvidas sobre licença-parental.